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Minha jornada como PC Gamer

Jogadores de PC sabem muito bem que a coisa é diferente dos consoles. Enquanto um video game roda qualquer jogo feito para ele, para quem joga no PC as coisas são mais complicadas. Infelizmente a frustração de um jogo não rodar é algo constante. É o preço pelas vantagens que essa plataforma tem a oferecer. E naturalmente ter um PC Gamer é o verdadeiro sonho de consumo para o público que joga em computadores.



Descobrindo o mundo dos PC's

Eu ganhei meu primeiro PC em 2000, é claro que foi uma alegria e não demorou muito para que eu descobrisse as coisas inacreditáveis que aquela máquina era capaz de fazer. Sempre sonhei em ter um playstation 1, e de repente eu podia usar o emulador VGS para jogar como se tivesse um. Aquilo era simplesmente inacreditável, isso sem contar com a emulação de Super Nintendo que foi o que eu realmente aproveitei pra valer.

Não preciso nem falar dos jogos de PC né? Jogar coisas como Soul Reaver dublado, se você se impressionou quando a moda da dublagem estourou no Brasil, imagina em 2000? Além de jogos exclusivos extremamente viciantes como The Sims, aquilo era simplesmente demais, gráficos muito bonitos e jogabilidade tão diferente do que eu conhecia. Além de obras underground viciantes como Abuse e Dink Smallwood.

Não preciso nem falar da internet né? Jogar com pessoas que eu nunca vi, jogos como Age of Empires 2 me apresentaram uma verdadeira nova era. Eu assinava America Online e tinha uma área só para jogos. Toda aquela coisa de passar seu endereço IP para um desconhecido e ele colocar no jogo dele e assim se conectar ao seu era emocionante demais. Além de até mesmo gambiarras que pareciam impossíveis, como jogar online com o emulador de Super Nintendo.

Mas! A festa começou a esfriar quando ouvi pela primeira vez quando fui a uma lojinha (cof cof) devolver um jogo porque não estava funcionando no meu PC e a resposta do homem foi "Ah, é que você não tem placa de vídeo". Lembro que na época pensei "Mas o que diabos seria NÃO TER PLACA DE VÍDEO?". O jogo era Starship Troopers: Terran Ascendancy, e naquela época eu era fascinado pelo universo de Tropas Estelares, então eu queria MUITO jogar aquele jogo, mas pela primeira vez tive que enfrentar a amargura de simplesmente ficar sem.

Foi naquele momento que eu comecei a entender que existiam computadores melhores que o meu, que não eram todos iguais. E claro, bateu aquela tristeza, pois eu sabia que minha mãe não iria me dar um novo computador com certeza. A configuração do meu PC era um Pentium III 550mhz, 6gb de HD, 64 mb de ram, mas eram usados apenas 56 mb, pois 8mb de ram eram sugados para o vídeo, que era 8 mb e tinha o Windows 98 instalado.

Então a tal da "Placa de vídeo" era nada menos do que uma aceleradora de vídeo, se eu tivesse uma, não precisaria ter minha memória ram sendo compartilhada, ou seja se eu comprasse uma dessas ia ter 64 mb de ram e ainda um vídeo independente e muito mais poderoso, capaz de rodar jogos! Mas, eu ainda não pensava nisso naquele tempo e o pensamento foi mais pra "Então tá...".

Mas esse tapa na cara me fez aprender que quando quisesse jogar um jogo, era preciso ver os requerimentos mínimos, comparar com os do meu PC e só então ver se eu poderia ou não jogar aquilo. Isso também fez com que eu desistisse de muitos jogos antes mesmo de tentar instalar, pois ao meu ver os requerimentos mínimos eram lei.

Isso mudou quando foi lançado Max Payne em 2001, eu já tinha assistido um trailer que vinham em CD's de revistas da época. Aquilo era lindo demais! Surreal, eu mal podia acreditar em um jogo com gráficos tão pesados. E obviamente soube na hora que não rodaria no meu PC, os requerimentos mínimos eram absurdos! Pentium III (CHECADO) GeForce 2 MX 32mb de ram (Meus 8mb roubados da memória ram suaram só de ver esse monstro!), 128mb de ram (kkkkk, não preciso dizer nada né?), 1GB de espaço em disco (6gb do meu HD não gostaram disso).

Eu nem olhei na cara desse jogo, mas aí de repente um amigo do meu prédio comprou Max Payne 1, uma versão pirata safada escrita com um pincel "Max Pen". Naquela época a pirataria era tão forte no Brasil, que era praticamente impossível você achar uma pessoa que não tivesse jogos piratas. Eu nem animei com aquilo, vi ele jogando e falei "Nossa". Ele usava AMD e eu usava Intel, a verdade é que o PC dele era quase idêntico ao meu, mas ver ele rodar os jogos e não rodar no meu me fazia pensar que o PC dele tinha uma configuração superior.

Graças a isso, tinha se tornado comum ele, o irmão e o primo me darem uma zuada e fazerem a festa toda vez que eu chegava com um "Não rodou no meu PC". Eles morriam de rir, e tava mais do que claro que Max Payne 1 não ia rodar no meu PC, mas depois que ofereceram resolvi pegar. Subi, instalei e... O NEGÓCIO RODOU!

Aquilo foi simplesmente emocionante demais, afinal de contas como diabos um computador como o meu era capaz de rodar aqueles gráficos? É verdade que eu coloquei tudo no mínimo, texturas de baixa resolução, efeitos cortados e levava uns cinco minutos para carregar uma fase, mas o que importava é que rodava e eu não podia crer, ainda mais pra um jogo tão bom, com uma mecânica tão diferente como desviar de balas.

A partir de então começou uma nova era pra mim, a de jogar no limite. Aquilo me fez perceber o quanto era possível se divertir com jogos pesados mesmo tendo um computador ruim. Eu não me importava de esperar um loading gigante ou dos gráficos não estarem no máximo, só queria me divertir com as novidades.

Mas obviamente eu tinha o sonho de ter um PC legal e ironicamente o meu primeiro upgrade foi um acidente. Certo dia minha mãe estava gritando pra valer que era pra eu desligar o PC, eu estava jogando The Sims na hora e com raiva enfiei o dedo no desligar e saí. Mas o problema é que os PC's da época eram muito mais sensíveis que os atuais, então imaginem a surpresa no outro dia quando fui ligar e só aparecia uma tela preta?

Pois é, o negócio foi pra garantia, ficou bem um mês lá, foi a maior tristeza. Mas a parte boa (que na época eu nem tinha notado, e só descobri tempos depois), é que me mandaram um HD novo de 10gb. Aparentemente aquela desligada brusca tinha não apenas corrompido o Windows, mas queimado o HD de vez, vai entender né?

Mas no fim das contas, ironicamente valeu a pena, já que os caras enviaram uma melhor, permitindo assim que eu instalasse e mantivesse ainda mais jogos instalados e com a falta de coisas para fazer ou instalar, eu lotava meu PC de coisas que vinham em revistas, sendo que boa parte delas eram demos. Mas eu adorava zerar as demos várias vezes seguidas, era também uma boa forma de ver que jogos rodavam sem ter que pegar a versão completa.

Primeiros Upgrades Propositais

Após o upgrade acidental, é claro que eu queria muito dar uma melhorada no meu PC e em 2002 fiz um curso de montagem e configuração de micro, onde finalmente comecei a entender como a coisa funcionava por dentro e também me sentir confortável para abrir meu computador e olhar as peças dele.

Foi a partir daí que vi que eu poderia dar uma melhorada na memória ram e assim quando tive a oportunidade comprei um pente de 128mb. Aquilo era simplesmente demais! De repente Max Payne carregava com uma velocidade tão mais alta, era lindo de se ver, eu me sentia como em um novo mundo com a velocidade que aquilo trouxe.

Nessa época eu também já tinha assinado internet banda larga, o que tinha feito meu mundo mudar e ao invés de ficar uma noite inteira esperando o Kazaa (programa de baixar coisas) fazer um download de algo que eu torcia pra não ser um arquivo falso, eu podia fazer em uma hora e ainda durante o dia. Com tanta velocidade 10gb de HD estavam começando a suar. Eram muitos mods que eu não queria ter que baixar de novo se formatasse o PC.

E assim veio o meu segundo upgrade, um gravador de CD (Isso, CD e não DVD). Aquilo foi lindo demais de se ver, os meus CD's arranhados podiam ser salvos, mods de jogos não precisariam mais usar meu HD e outras coisas. Lembro que no meu primeiro contato com o gravador foi super sem jeito, eu não sabia que a gravação tinha que ser feita de uma vez só então fiz um teste gravando apenas uma música, "You" do Bad Religion:

Nem preciso dizer a frustração de ter gasto um CD à toa né? Uma única música e ainda nem podia ouvir em um aparelho de som. Aquele CD ficou muito tempo na minha consciência, a sensação de perda era mais do que desagradável hehehe.

Minha primeira placa de vídeo

Em 2003 eu já estava mais do que revoltado com o meu PC, pois queria muito jogar diversos jogos e sabia que ele não ia rodar nem a pau. Em especial Jedi Outcast era o jogo dos meus sonhos naquela época. O único jogo que já me fez pagar muita grana pra lan house e marcar com os amigos de ir jogar após a escola.

E nesse ano foi quando finalmente consegui meu segundo PC, foi uma festa só! De repente eu podia jogar GTA 3 e instalar um monte de jogos. Fiquei tão eufórico que nem sabia o que jogar primeiro e assim só saía colocando um atrás do outro e no fim das contas não jogava era nada. Eu nem acreditava no quanto Max Payne tinha ficado bonito (Sim, eu ainda jogava ele), e dava pra ativar todos os efeitos.

Mas não demorou muito para eu ver que iria comer o pão que o Diabo amassou com aquele PC. O negócio é que eu pensei que bastava ter uma placa de vídeo e qualquer jogo iria rodar, mesmo que ruim. Mas a coisa não era bem assim e para o meu azar, peguei uma placa que me fez sofrer pra caramba por um bom tempo.

A configuração daquele PC era um Athlon XP 2.8ghz (ou mais ou menos isso), uma Geforce MX 440 128mb, um HD de 40gb e 256mb de memória ram. Além disso veio com um monitor de 17 polegadas de tela plana (o primeiro era de 15 e tela arredondada), quando vendi meu primeiro PC por uns 800 reais eu não pensei direito, então não imaginei que poderia deixar o monitor, até o estabilizador foi junto na venda hahaha. Mas o novo PC parecia coisa do futuro! Com mouse ótico e tudo mais, nada mais de bolinha hehehe.

O problema dessa MX 440 é que ela não tinha um recurso chamado Pixel Shader 2.0, algo que uma placa um pouquinho mais cara tinha, a Geforce FX 5200, que passou a se tornar o meu sonho de consumo e me fez lamentar demais não poder voltar no tempo e a escolher no lugar da placa infernal que "não rodava nada".

Naquele tempo uma quantidade enorme de jogos passou a sair usando esse recurso. Se o jogo era AAA, era quase certeza que ele iria ter esse recurso. A frustração era imensa, especialmente porque eu via que certos jogos rodariam no meu PC, mas nem abriam só por causa de um pequeno detalhe. Me restava apenas chupar o dedo.

Algo que foi um baita de um alívio foi o programa 3D Analyzer, aquela maravilha do mundo das gambiarras me salvou muitas vezes. Quando um jogo saia com esse recurso, já tava lá eu procurando em fóruns por uma configuração pra tentar rodar de alguma maneira. Muitas vezes eu me dava mal, mas em boa parte tava lá eu jogando um jogo com bugs pelo cenário, mas rodando!

O fim trágico do segundo PC

O fim desse PC em 2006 com certeza foi trágico! Me trouxe bons momentos com certeza e me permitiu jogar muitos jogos, mas foi com ele que eu descobri que os processadores da AMD são capazes de invocar as chamas do inferno, pois aquecem pra cacete. No meu caso aqueceu tanto que a coisa não acabou bem pra ninguém, já ouviu aquela típica frase de vilão "EU VOU PRO INFERNO, MAS EU LEVO TODO MUNDO JUNTO!!!"? Pois é... Foi exatamente isso que esse processador fez com as outras peças.

O maldito começou a super aquecer e dar problema em tudo, tava todo bugando e eu comecei a entrar em desespero. Eu entrava em jogos e apareciam erros gráficos muito estranhos, umas manchas verdes na tela. Aquilo tava me deixando louco, pois não era como se eu precisasse apenas substituir uma peça.

Felizmente o meu PC era extremamente desejado no condomínio onde eu morava e mesmo vendo o negócio pegando fogo, alguns amigos se interessaram em comprar e pegar as peças que estavam só a bagaceira, um desses amigos sempre gostou de uma gambiarra, então até entendi ele querer pegar meu processador com placa mãe e memórias, já o outro acho que ele pensou que valia a pena o preço da placa de vídeo (ou sei lá!).

Meu primeiro Dual Core

Com meu segundo PC indo pro saco eu decidi que não queria mais ter processadores da AMD, vi que são super potentes, mas a ideia de perder peças por super aquecimento me era traumatizante. Sendo assim decidi que a partir de então ia começar a tentar ter apenas intel. E assim com a grana que tinha, fui pela primeira vez montar um PC aproveitando algumas partes.

E assim na base da grana apertada eu montei um PC com uma memória de 1gb de ram DDR2 pela primeira vez. Era maravilhoso finalmente sair dos MB e ir para os GB, aquilo era demais! Também foi com o meu primeiro dual core, um fraquíssimo Pentium D, mas era dual core né? Hahaha, não lembro exatamente a frequência, mas creio que era 2.66 Ghz. E por fim a minha placa de vídeo, uma Geforce 7300GT.

Nessa época comecei a pensar que eu só pegava PC ultrapassado e que sempre ia ter problemas com isso. Mas a verdade é que essa placa até que me serviu muito bem, não foi algo conturbado como a 440MX. Eu tive problemas com jogos que não rodavam, mas a coisa era muito mais tranquila, poucos realmente não rodavam.

O problema era rodar mal mesmo, mas aí tava tudo bem pois nunca fui do tipo que só joga jogos no Ultra. Nesse mesmo tempo eu peguei um HD novo de 120gb e foi maravilhoso finalmente poder respirar um pouco, já que até então eu só vivia no aperto, 40gb é pouco espaço demais. Porém mesmo assim 120gb também é bem pouco e não demorou pra sentir que a coisa tava ficando tensa.

Meu primeiro PC que rodou tudo!

Em 2009 eu finalmente fiz uma atualização que me tirou do sufoco, troquei minha placa de vídeo por uma realmente muito boa e meu processador por um dual core de verdade. Apesar de tudo tenho que assumir que não me lembro exatamente como decidi fazer essa atualização, não foi como nas outras vezes por uma necessidade desesperada. Só lembro que vendi as peças pra um amigo de um amigo meu.

A nova placa era uma 9600GT e o processador era um E7500 2.93ghz. Com certeza essa foi a configuração que mais me deixou feliz. Lembro que nessa época eu fui jogar Left 4 Dead e não acreditei como o gráfico tinha ficado tão mais bonito. Realmente era uma coisa que eu não esperava, afinal de contas eu já achava o gráfico do jogo legal e não imaginei que fosse mudar tanto.

Nessa época (ou no final da configuração anterior) eu também aumentei minha memória ram pra 2gb depois 4gb. Já era bem mais barato fazer esse tipo de coisa, sendo assim foi um tempo que posso dizer que realmente a coisa foi suave. Eu consegui rodar tudo durante toda a vida útil da minha 9600 e esse processador também foi um guerreiro.

O negócio dessa configuração foi mesmo o pesar do tempo, apesar de todos os jogos rodarem, eu sentia cada vez mais que a coisa tava ficando pesada e batia aquela sensação claustrofóbica de que a qualquer momento iam lançar um jogo e eu ia ter que enfrentar. Uma coisa engraçada dessa minha "geração" é que comecei a me sentir destinado a fazer mudanças a cada 3 anos. Quero dizer... 2000, 2003, 2006 e então 2009? Só podia ser o destino né?

A loja underground barateira

É lógico que com o passar do tempo essa configuração passou a me fazer querer comprar um PC novo assim que eu tivesse chance, mas os preços tão caros de peças que eu realmente queria me faziam desistir. A ideia de fazer um upgrade que em pouco tempo iria me fazer suar era desanimadora demais. E no fim de 2011 um colega de trabalho me falou de uma distribuidora que os preços eram cabulosamente baratos, a Cel informática (http://www.celinfor.com.br/loja/).

Eu lembro que a primeira vez que entrei no site dessa loja o pensamento foi algo do tipo "É... Se ninguém tivesse me falado, eu provavelmente jamais compraria aqui". O negócio é que não apareciam os preços na loja se você não fosse cadastrado, pois o foco é venda para loja ou cliente com conhecimento técnico e como a maioria dos internautas eu não ia me cadastrar em uma loja só pra ver os preços.

Mas depois que me cadastrei é que veio o susto, os preços eram realmente muito baratos, alguns chegando a absurdos três vezes mais baratos do que em outras lojas. Claro que aquilo me deixou eufórico e me fez pensar nas possibilidades. Eu poderia dar um belo de um upgrade sem ter que pagar uma verdadeira fortuna.

Então em 2012 (olha os três anos da profecia de novo), pela primeira vez comprei uma placa do ano, a GTX660Ti e essa sim foi uma placa que me arrastou, eu não lembro o valor, mas foi muito barato o negócio. Peguei também um hd de 2tb, isso me levou pra uma nova geração. Além disso tive que pegar uma fonte para aguentar a coisa. Ter muito espaço pra guardar coisas era uma maravilha!

Atualizando um PC velho até o limite!

Lembra daquelas memórias DDR2 de 2006 que eu falei? Pois é... Elas ainda me eram úteis em 2016. Realmente depois da atualização da GTX660Ti, eu comecei a sentir cada vez mais o peso de aproveitar peças antigas e naturalmente o sufoco era grande. Trocar uma peça significava ter que trocar várias.

O negócio é... Meu PC tinha um processador que usava socket 775, um encaixe de processadores de 2006, os meus slots de memória ram eram DDR2, que foram lançadas em 2003. Minha placa de vídeo só tinha espaço para duas memórias e até existem pentes de memória DDR2 de 4gb, o problema é que além de serem difíceis de achar, custam uma fortuna e são problemáticos.

Resultado, fiquei preso a 4GB de ram, quanto ao processador, no meio de 2014 (quebrando pela primeira vez a ordem dos 3 anos) eu fiz uma compra de um processador Q8300 2.5GHZ da China por 83 dólares, meu primeiro quadcore. Ele era fraco, mas era um quadcore e o socket dele era 775 também, ou seja entrava na minha placa mãe.

Essa atualização me salvou de pela primeira vez eu ver um jogo não rodar naquele PC. Isso porque no fim daquele ano foi lançado Far Cry 4 e um dos detalhes que causou um certo escândalo na comunidade gamer foi o fato de que ele simplesmente não rodava em dual core. Sendo assim a coisa foi por pouco.

Esse processador foi a última atualização daquele PC e a partir de então eu só via a 660Ti carregando tudo nas costas (eita plaquinha poderosa viu!). Quando saía jogo novo eu jogava, sempre rodava, as vezes era caótica a coisa, mas rodava e claro que eu ficava me sentindo preso, eu adoraria ter um pouco mais de ram, porém fazer o que?

Sei que eu podia trocar a placa mãe por outra com socket 775 e 4 slots para DDR2, isso me permitiria por 8gb de ram, no entanto me parecia um desperdício imenso fazer essa atualização, seria como investir dinheiro para respirar um pouco mais e logo ficar no limite novamente, afinal de contas esse PC já estava suando pra aguentar.

A volta do PC que pega fogo!

Eu pensava que nunca mais ia ter problema com super aquecimento, afinal de contas decidi pegar apenas intel depois do meu AMD Bomba, mas algo aconteceu com meu PC em 2016. Pra falar a verdade eu não tenho ideia do que diabos realmente aconteceu com aquele PC. Há alguns tempos eu já sentia que o estabilizador tinha cheiro de queimado quando eu jogava certos jogos.

Era estranho, de repente começava aquele cheiro que me deixava desesperado, mas zerei muita coisa, eu ficava uns quarenta minutos até o cheiro começar e então saía. Pelo o que entendi não tinha a ver com os gráficos do jogo, pois alguns eram realmente pesados e não sentia cheiro de nada, enquanto outros tinham um visual bem tosco e de repente vinha aquele cheirinho. Isso me faz imaginar que tinha a ver com os recursos do processador e placa de vídeo utilizados.

Mas no fim de 2016 é que comecei a me preocupar, pois o marcador de temperatura do meu PC subiu de 29 graus pra 31. Além disso passei a sentir o cheirinho frequentemente mesmo sem estar em jogo algum, não tenho ideia do que aconteceu, mas foi desesperador. Quando essas coisas começam pode ser tudo. E eu sempre achei uma droga desmontar PC e testar coisas.

Comprar ou não comprar? Eis a questão!

Esse foi o grande empurrão pra decidir que era a hora de fazer uma atualização legal, me veio de tudo à mente. A ideia inicial era trocar placa mãe, memórias, placa de vídeo e fonte. Comecei a pesquisar em sites, mas ter que montar me preocupava, sempre fui bem atrapalhado com isso e temia acabar fazendo besteira.

Pensei então em comprar um PC montado mediano, mas com entradas para atualizações, a ideia parecia boa, mas fazendo as pesquisas as configurações pareciam uma mais desagradável que a outra. Depois de muito olhar aqui e ali os meus olhos acabaram se voltando novamente para a Cel informática, mas com aquele problema de eu ter que montar. Claro, eu poderia pagar alguém para fazer isso, mas pensar no trabalho todo me desagradável, eu estava meio mole e ainda não tava pensando em uma atualização de verdade no PC, parecia mais um quebra-galho como sempre.

Quando vi os preços que ficaram o kit inicial de peças, notei que a coisa tava muito além do que eu tava pretendendo pagar. Decidi não comprar uma placa de vídeo, afinal de contas a minha GTX660Ti sempre fez muito bonito e eu sabia que ela podia aguentar por um bom tempo ainda. Infelizmente o problema era que na Cel Informática eles só montavam se fosse um PC pronto.

Após pensar e repensar muito sobre as possibilidades, como economizar, uma baita pesquisa em sites, acabei chegando a decisão que tava na hora de por a mão na minha poupança e usar ela para algo de bom na minha vida, montar um PC novo!

Meu primeiro PC Gamer

No fim das contas acabei me sentindo decidido a comprar um PC bom inteiro mesmo, fui dar uma pesquisada para comparar preços/procedência e ver peça por peça o que saía melhor. Primeiro nas mais famosas como a Kabum e Pichau, depois na Cel informática. Cogitei comprar um PC Gamer montado para poupar tempo, mas resolvi fazer logo algo projetado para não ter problemas tão cedo.

Uma coisa que considerei foi o fato de que mesmo o meu PC anterior sendo tão antigo, ele conseguiu rodar jogos bem potentes. E ele era mediano, então imagina uma máquina boa o tempo que não poderia sobreviver? E se eu não tivesse o problema com atualizações como antes? E assim decidi montar o PC com duas bases principais:

1 - Não sofrer mais por não poder atualizar.
2 - Não sofrer com aquecimento (É, eu fiquei traumatizado).

Apesar da Cel Informática não dar os preços de forma direta (já que precisa de cadastro), uma coisa super bacana é que semanalmente mandam um e-mail com uma tabela do Excel que mostra todos os preços de produtos da loja listados e divididos por categoria (processador, placa de vídeo, cooler, etc...). Já tinha um tempo que eu não parava pra olhar essa tabela, mas ajudou demais na hora de selecionar, e usando as duas bases que citei ali atrás, fiz a seguinte escolha:

Processador: Intel Core i5-6400 2.7GHz/6MB/IGPU (4C/4T) LGA1151 OEM [SR2BY] R$ 713,00
Placa de Vídeo: PCI-e GeForce GTX1060 GIGABYTE G1 6GB DDR5 192 bits (DVI/HDMI/3xDP) R$ 1.499,00

Memória Ram: 16GB DDR4 2133MHz/1.2V (PC4-17000) Kingston HyperX Fury [HX421C14FB/16] R$ 295,00


Placa Mãe: ASUS B150M-C/BR p/ Intel LGA1151 4xDDR4/2PCI-e/1PCI/6SATA6Gb R$ 458,00

SSD: SANDISK X400 512GB [SD8SB8U-512G-1122] SATA 6Gb/s (L=540MB/s / E=520MB/s) R$ 605,00

Water Cooler:  Intel/AMD Corsair Hydro Series H55 (115X/1366/2011/AMD) R$ 269,00

Gabinete: ATX PCYES! CHACAL Preto/Vermelho - SEM FONTE (FI) (2xUSB 2.0/1xUSB 3.0/Audio) R$ 205,00
Fonte: ATX BitFenix EXP 650W [BFP-SA1-650X-KMK1-BR] PFC Ativo / 80 Plus R$ 319,00
Gravadora de DVD: ASUS DRW-24F1MT SATA – Preta R$ 62,00
SubWoofer: 2.1 VINIK VS-215 (4W+1Wx2 RMS/USB) R$ 73,00

Escolhi um processador com socket 1151, eu queria escolher um i7, mas o preço do mais barato era tão mais caro que decidi pegar o i5 logo. Sendo o último socket lançado até então me deixava com liberdade pra uma atualização no futuro sem me preocupar de ficar muito pra trás.

A placa de vídeo eu pensei em pegar da última família Nvidia, queria uma muito boa, pois comprei pensando em não atualizar tão cedo, afinal de contas se ia ter que substituir minha 660Ti, que não fosse por uma só um pouquinho melhor, mas sim muito melhor pra eu não ter que trocar tão cedo e nem sofrer com jogos pesados.

A memória ram foi a mesma coisa do processador, escolhi DDR4, afinal de contas eu já tinha comido o pão que o diabo amassou por muito tempo por estar preso à DDR2, sendo assim fiz logo questão de pegar o último modelo para que não tivesse problema com falta de ram. Também decidi pegar logo um pente de 16gb pra usar o máximo usando menos slots.

A placa mãe eu fiz questão que tivessem quatro slots para memória ram, dessa forma não ia ter o problema que tive na minha placa mãe anterior, em que tinha apenas dois slots. Não que com 16 de memória ram isso fosse um problema né? Mas de qualquer forma é o que falei, pensei nessa configuração pensando em me garantir.

Apesar de estar acostumado com 2tb de HD, dessa vez decidi pegar um SSD, como falei na matéria sobre minhas primeiras experiências com um SSD, a velocidade é absurda. Mas o motivo principal foi o de não esquentar, como SSD não tem partes mecânicas, ela não é apenas rápida, mas também esquenta menos e gasta menos energia. Sendo assim peguei um com um tamanho bom de 512gb. Combinando isso com um HD externo pra guardar coisas grandes que não precisam de velocidade, como vídeos, acaba ficando bom.

O Water Cooler foi um exagero, já que todas as peças desse PC gastam menos energia do que as peças anteriores. Quanto mais a tecnologia evolui, menos gasta energia em peças mais potentes, e no caso a configuração desse PC é de várias gerações a frente das peças do anterior, gastando assim bem menos e esquentando menos também. Mas como eu disse, a segunda base foi não ter super aquecimento nunca mais.

A fonte que escolhi inicialmente não foi essa BitFenix, mas sim uma Corsair de 500w, acredito que iria aguentar, até porque a marca é melhor mas como a loja me recomendou essa outra, acabei decidindo pegar.
De resto peguei um gravador de DVD pra restaurar um monte de coisas esquecidas no tempo (A do meu PC anterior parou de funcionar há séculos) e um subwoofer, já que eu usava uma caixa de som de 15 reais que fazia um barulho estranho quando o celular ficava perto. Outra coisa curiosa desse PC é que me fez parar de usar estabilizador, como a fonte é PFC Ativo, permite ligar direto na tomada sem queimar, e assim apenas peguei um filtro, o que faz esquentar muito menos já que estabilizador força a fonte.

E assim fui atrás de lojas pra comparar os preços. No fim das contas apenas a placa de vídeo eu consegui achar mais barato que na Cel Informática, de resto ou era mais ou menos no mesmo preço ou mais barato, com destaque pra memória ram da HyperX Fury de 16gb por R$ 295,00 que tava  R$398,99 na Pichau e R$489,90 na Kabum.

Jogando com uma turbina!

É claro que R$4.500 reais doeu no bolso e inicialmente fiquei meio pra baixo em gastar tanto dinheiro de uma vez. Mas isso passou quando comecei a me acostumar com a ideia de que finalmente iria poder voar com meu PC novo. Engraçado que eu nem estava pensando nos jogos de verdade quando escolhi as peças, estava pensando apenas em ter um PC bom, só depois que peguei é que comecei a pensar nas possibilidades mesmo.

Quando chegou eu dei uma geral no meu cantinho, limpei tudo pra tirar toda a poeira e ter um cantinho cheirosinho para o novo PC. Aproveitei também para arrumar todos os fios, já que estava uma verdadeira selva de fios na parte de trás do móvel onde coloco o computador e também arrumei melhor o espaço do quarto.

Depois de tudo limpo, troquei a tomada do PC (Ela era do padrão antigo, então tive que mudar) e foi uma certa agonia ligar o PC direto na tomada. Até então eu nunca tive um PC com fonte PFC Ativo, então o medo era de conectar o negócio explodir! Uahahaha. Mas felizmente estava tudo ok e conectei o negócio.

Quando apertei pra ligar, nossa uma maravilha já de primeira! O meu PC antigo eu não formatei desde que peguei o HD, ou seja em poucos meses faria meia década que o Windows 7 dele foi instalado. Então imaginem ligar o negócio? Tinha vezes que chegavam a absurdos 10 minutos esperando o negócio ligar. Então imaginem o meu susto ao ver o PC sendo ligado em poucos segundos? SSD é MUITO RÁPIDO!

Já no novo decidi pegar Windows 10, sim eu sei que é mal falado e na verdade pensei em pegar Windows 7 inicialmente, mas como a migração para o 10 estava cada vez maior, além de certos detalhes como o DirectX 12 não funcionar no Windows 7, decidi logo pular pra uma nova aventura pra aproveitar melhor tudo da minha máquina.

E assim baixei Quantum Break e Assassin's Creed Unity para testá-los em um PC bom. Tenho que assumir que eu a sensação foi que eu precisava de jogos com mais detalhes pra ver a potência máxima desse PC, mas ainda assim foi lindo de ver rodar liso com os gráficos no máximo, algo que eu não via fazia séculos em um jogo AAA rodando em algo meu.
Enfim, e essa é minha jornada como PC Gamer, ufa ein? Mas e vocês? Quando ganharam seus primeiros PC's? Não deixe de conferir também como era um PC Gamer em 1998. Agora fiquem com essa musiquinha:

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4 Comentários

  1. Minha Config Em 2016
    CPU: Intel Atom D425 1.8GHz
    RAM: 2GB
    HD: 500GB
    GPU Integrada: Intel GMA 3150 256 MB PS 2.0
    Realmente Um PC Para Rodar Jogos De 2006 Para Baixo

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  2. Meu primeiro pc tbm só fui ter em 2000 tbm a única coisa que me lembro agora é que tinha amd k6 sem placa de vídeo só fui comprar outro em 2006 com GeForce não me lembro da configuração depois tive outro em 2008 eu ia atualizando as peças aí ele morreu de vez ano passado com amd morreu de vez ano passado, hj só jogo em notebook.

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  3. Nossa com tanta memória vc vai poder fazer live e virar youtuber e o seu monitor ?? Seu pc agora é forte então vc tem que ter um monitor poderoso para extraír todo o potencial.

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  4. Meu monitor eu troquei pouco antes da 660Ti ele é legal. =D

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