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Preacher - Violência, blasfêmia e tudo que não presta!

Em 1995 surgia uma revista em quadrinhos que provocou muito os fãs, trata-se da espalhafatosa Preacher, uma baita HQ super violenta, com um linguajar bruto, humor negro constante e blasfêmia pra dar e vender. E 21 anos depois, chegou a vez da adaptação para série de TV feita pela AMC, já tendo um certo crédito por ter adaptado a tão bem sucedida The Walking Dead. E agora chegou o momento de falar sobre!
Antes de tudo, vamos logo direto ao ponto que boa parte quer realmente saber, "É idêntico aos quadrinhos?". Não! Não é nada idêntico aos quadrinhos, existe uma certa carinha de Reboot, ou seja você vê diversos elementos ali presentes, mas parece que não foram colocados na ordem certa. É como ver a mesma história andando por novos caminhos. Isso naturalmente pode deixar os fãs da HQ iraaaados, mas acho que pra quem assistir fingindo que não leu ou realmente não tenha lido, a coisa pode ser muito agradável. Mas essa não é uma análise comparativa, mas sim sobre A SÉRIE como SÉRIE.
A história tem foco no cruzar de caminho de três personagens, o reverendo Jesse Custer, um homem que perdeu a fé há muito tempo mas que tenta colocar fé na humanidade, se esforçando constantemente para fazer e espalhar o bem, mas que tem a vida mudada completamente ao se deparar com um ser sobrenatural. A impetuosa assassina Tulip, que não pensa duas vezes antes de passar a faquinha no pescoço de algum infeliz, e o debochado vampiro irlandês Cassidy, que apenas vaga por aí sem muito rumo.

A forma que a trama é conduzida lembra demais obras saídas de Revistas Pulp, ou seja é aquela coisa impulsiva e bastante expressiva, mexe com as emoções, algo espontâneo que você vê acontecer sem parar. Especialmente para quem não conhecia Preacher logo vê que a forma que as coisas acontecem é um tanto incomum, tudo é meio "esculhambado", o barraco rolando solto. Uma coisa curiosa é que em 1995 a HQ causou o mesmo, o povo comparou muito com o filme Pulp Fiction: Tempo de Violência, que saiu naquele ano.
Então esse é aquele tipo de obra que você sabe que a qualquer momento, não importa onde os personagens estejam, se é em um bar ou uma igreja, a bagaceira pode rolar solta! E não é só porrada não, no primeiro episódio já mostra muito sangue, tripas e até osso exposto. Além de uma história um bocado intrigante.

É preciso lembrar também que trata-se de uma trama sobrenatural e das que a coisa fica cada vez mais exagerada, sendo assim por mais que o jeito debochado com toque estiloso da coisa possa acabar lembrando Breaking Bad, a essência da coisa é outra, vai por um caminho diferente. Ou seja, pra quem não gosta desse tipo de bagulho envolvendo espíritos e outros seres, já aviso que nessa série tem e muito, mas também não é do tipo Supernatural, é algo mais contido.
O estilo de fotografia é interessante, a coisa parece uma revista em quadrinhos, passa essa certa sensação de virar de páginas durante diversos cortes entre cenas. Por exemplo termina uma cena em que Jesse tá conversando com um guarda e então ele sai de carro, a câmera mostra a rua e então vai subindo, subindo e de repente aparece "A 30 mil pés e altura" e começa uma outra cena em um avião. Esse estilo ficou muitíssimo maneiro e acontece direto, esse textinho indicando em que momento e lugar está.

Enfim, se você é fã da HQ talvez ache as coisas meio tímidas, agora se você nunca leu e gosta de ação a lá Tarantino, provavelmente vai ficar muito empolgado e achar que é uma bagaceira fora de controle, com um humor negro constante, muita violência, blasfêmia e coisas dignas de fazer sua vovozinha ter um ataque. Poderia ter sido mais fiel? SIM! Mas acho que dá pra relevar sim, é uma boa série. Os quadrinhos de Preacher foram lançados em português em edições encadernadas, dê uma conferida aqui.

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