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Minha vida de cachorro - Uma série bastante marcante

Eu não sei vocês, mas tem uma série de coisas da minha infância que conseguiram marcar mesmo não sendo muito populares, como alguns desenhos que não passavam em canais populares, mas sim em lugares que a maioria não gostava muito de assistir, tipo desenhos e séries da TV Cultura. E no caso, uma série em especial me deixava fascinado quando eu tinha 11 anos, era a série "Minha vida de cachorro", anos depois com o advento da internet, eu comecei a procurar por esse seriado, mas para o meu azar era simplesmente difícil demais, primeiro porque eu não sabia o nome original, depois porque era tão desconhecida que eu simplesmente não conseguia achar informação alguma sobre a existência de algo daquele tipo, e para piorar mais ainda, existe um filme de 1985 com o mesmo nome, fazendo com que qualquer tentativa de busca levasse diretamente a ele.



Era uma verdadeira tristeza não poder assistir novamente, pois era algo tão marcante, que vez ou outra eu me pegava cantarolando o tema da abertura. Os anos passaram e de tempos em tempos eu ia procurar de novo por essa série, até que um dia eu consegui achar! E o mais legal é que não foram episódios em inglês, mas sim com a dublagem que eu era acostumado em minha infância, isso em um site voltado para professores e tal, portanto reunindo conteúdo bem antigos da televisão, e pude dar uma conferida em parte dos episódios de novo, o que foi verdadeiramente maravilhoso e também pôde esclarecer coisas sobre eu mesmo, que não tinha percebido até então.

Descobri que esse seriado foi mesmo baseado no filme de 1985, que por sua vez é baseado em um livro autobiográfico do autor Reidar Jönsson, e conta a história de um garoto de 11 anos de idade que perde a mãe e vai morar com os tios em uma cidade bem diferente, passando por situações novas e aos poucos se adaptando ao lugar.

Vendo novamente, eu pude perceber o quanto me identificava com Eric, especialmente na época, pois além de ter a mesma idade do personagem, coincidentemente no mesmo ano eu tive que ir morar com meus tios, isso devido a alguns problemas familiares como a morte de meu irmão e outro membro da família com câncer. Sendo assim foi um ano muito esquisito pra mim, com coisas novas, pessoas que eu achava estranhas e tendo que me adaptar a um colégio católico onde eu via todas as outras crianças como estranhas. Além disso existem tantos toques de apreciação do momento que sempre me agradaram tanto, e que me faz pensar se eu sempre gostei de mais de apreciar a realidade ao redor, ou se essa série me incentivou a parar para ver, isso talvez eu nunca vá saber, mas definitivamente foi uma baita de uma surpresa quando vi o quanto o personagem me lembra eu mesmo.

Os episódios mostram o dia a dia do personagem, é algo bastante casual, para a família, apresentando uma criança e um climinha de aventura, como por exemplo o episódio em que um dos amigos dele constrói uma jangada, e ao saírem, acabam se perdendo e parando em uma ilha, ou o episódio em que descobrem que o gerente de um hotel tem um passado misterioso e guarda recortes de jornal sobre um assassino da cidade de onde veio, além de agir muito estranho. É algo bem suave, porém muito gostoso de se ver.
Os momentos filosóficos e e comparativos dos episódios me encantam um bocado, por exemplo o "ritual de iniciação" onde é mostrado um dos personagens escalando uma torre e todos indo lá assistir, e então Eric explicando como aquilo é uma iniciação urbana, e que tribos fazem isso há milênios. Há momentos em que o personagem está fazendo algo, mas citando uma coisa bem diferente, isso meio que acaba te transportando para a narrativa, é bem gostoso de se ver. Eric também tem um gravador onde fica registrando momentos e pensamentos.

Enfim, eu sei bem que não é exatamente uma série que pode encantar a qualquer público, mas para aqueles que estão procurando por algo suave para se passar o tempo e com momentos bem filosóficos sobre a vida, essa pode ser uma baita de uma obra, o nome original é "My life as a dog" e é uma série canadense. Não achei a abertura separada então aí vai o episódio 1 em inglês mesmo:

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7 Comentários

  1. É mesmo sempre interessante como determinadas coisas nos marcam e permanecem em nossa memória como um bálsamo, como um lugar sagrado onde se pode acessar e voltar a um determinado sentimento que se possuía há tempo atrás. Ao ler esse post me lembrei tb dos meus “lugares sagrados” que mantenho na memória, que tende a ser emotiva. Assistindo, ouvindo, lendo, ou passeando por lugares que me foram caros por algum determinado motivo, ao contrário do que algumas pessoas sentem, não me traz melancolia, mas uma sensação de conforto e reconhecimento. Independente do meu estado de espírito anterior, sempre me sinto como se conseguisse acessar uma pequena brecha no tempo e no espaço e me transporto para aqueles momentos especiais p/ mim. Como, por exemplo, quando leio os livros da Coleção Vagalume! Época em que a maior preocupação era um cachorrinho perdido na cidade.

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  2. Adorava essa série e a muito busco por ela. Afinal, onde vc a encontrou? Compartilhe conosco. Todos queremos reassistir essa maravilhosa obra!

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  3. Nossa, faz tanto tempo que escrevi que esqueci já kkkk, mas era um site de educação. Tipo de cultura e tal, só que não lembro mais o endereço.

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  4. nosso que pena! Mas vc ainda tem os arquivos? poderia compartilhar pelo wetransfer.com pelo menos ;)

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  5. Achei, é esse: http://sabertv.com.br/repositorio/series/serie.aspx?serieId=66

    mas tem que se cadastrar como professor ou diretor ou alguem que trabalhe com educação para ter acesso. que mancada! como vc conseguiu acessar?

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  6. Usei um programa chamado Orbit pra fazer download. Ele tem uma funcionalidade chamada Orbit+++ ou algo assim que baixa.

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