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A terra em que Deus mentiu - Capítulo 17

Esse é um conto interativo onde após a leitura de cada capítulo, os leitores votam na decisão que o personagem tomará para a continuação. Antes de começar, leia o que veio anteriormente:


Por favor, leiam e apontem qualquer erro de português ou digitação, não precisam dizer em que linha está, apenas escrever o trecho e o acharei, isso garantirá que leitores que venham depois, possam ter uma leitura mais agradável.

Capítulo 17

Ensis atravessa a última porta, para entrar no grande salão de Ogumir, e tem sensações variadas sobre o que está por vir, os guardas fecham a porta atrás dela e a guerreira observa mais uma vez o lugar onde esteve várias vezes. É um ambiente sombrio, sem iluminação externa, e sendo mantido apenas por tochas. Diversos e enormes cristais estão espalhados pelas paredes e tetos, assim como a coisa que mais chama a atenção no lugar, uma bizarra obra de arte que cobre o teto inteiro, ela é feita de corpos ainda vivos de dezenas de Alados. Existe uma harmonia bizarra na forma em que foram posicionadas, com mãos, pernas, cabeças e asas, cuidadosamente pregadas, assim como bocas costuradas de forma cuidadosa, não deixando os pontos expostos. Certas partes de seus corpos foram cobertas com retoques artísticos, com tinta e materiais variados, e os movimentos limitados fazem com que os seres celestiais pareçam se mover em harmonia, pois quando algo chama a atenção de um, qualquer movimento faz outro logo se mover também, gerando naturalmente uma sequencia bizarra.

A guerreira os admira o teto, enquanto nota os olhares das criaturas e baixos gemidos, alguns movimentos de asas e a sensação de que imploram para sair dali. A escuridão do lugar, levemente iluminado pelas poucas tochas presentes, faz com que em alguns pontos, apenas leves brilhos nos olhares possam ser vistos, todos muito atentos a ela. De repente Ensis sai de transe quando ouve uma voz roca dizer:

-Isso consegue chamar a atenção, não é? As vezes fico parado apenas olhando, enquanto eles me observam, fico pensando em quantos segredos essas criaturas não guardam, quantas coisas já não presenciaram, e no quanto elas devem me odiar. Algumas estão aí há muitos anos, só esperando o momento para se soltarem e matarem todos, se não forem assassinados, Alados podem viver para sempre, sabia?
-Não, meu senhor. - Diz Ensis, que agora se encontra ajoelhada em forma de reverência e com a cabeça baixa.
-Pois é, mas você sabe... Vez ou outra algum deles sempre acaba morrendo de alguma maneira, é inevitável. Pessoas de outros lugares do reino temeriam colocar o pé aqui, mas não os cidadãos de Xibalba, nós não tememos essas coisas, nós as fazemos lamentar por sua existência. Não somos covardes, o medo não é algo que está presente em nossas almas. Eu lembro da primeira vez que te trouxe aqui, você parecia horrorizada, acho que deve ter imaginado que eu te colaria no teto junto a esses monstros. - Diz Ogumir dando um simpático sorriso labial - Você está lembrada?
-Perfeitamente.
-Mas isso foi há anos atrás, você não é mais aquela garotinha assustada, me diga Ensis, você é uma cidadã de Xibalba?
-Definitivamente sou.
-Então acredito que você me deve uma explicação, levante-se.

Ogumir dá as costas a ela e segue até o fundo do salão, para logo se sentar em um trono, Ensis sabe muito bem que embora seu mestre tenha uma delicada forma de falar, isso nada significa em relação ao que está pensando ou sentindo. Baixar a guarda e se deixar enganar pelo amigável tom de voz, seria um grande erro que muitos já pagaram caro por cometer. A guerreira sabe que o mestre não é tolo, mas devido às condições trágicas, sua mentira se encaixará perfeitamente e assim diz:

-Eu não o matei devido a uma proposta que me pareceu muito interessante, meu senhor. Sempre tivemos problemas com a Casa de Rulter, e o prisioneiro me fez a promessa de que se eu o deixasse viver, ele assassinaria o próprio Rulter. Isso me fez pensar rapidamente, e acabei decidindo poupá-lo, sei que foi um julgamento confuso, no entanto pensei que isso poderia acabar nos livrando de um problema que já enfrentamos há tanto tempo.
-Você me vê como tolo?
-É claro que não meu senhor.
-Então deve saber que isso que acabou de me falar não tem muita lógica, veja Ensis, todos aqui sabem da rivalidade que algumas das casas tem, mas existem diversas regras sociais que são aplicadas em cima disso, e obviamente você sabe bem que a honra é algo que não é aplicado na prática, mas teoricamente funciona e é a imagem que é mostrada para a cidade. Então por mais que eu odeie Rulter, matá-lo às escuras seria uma verdadeira estratégia tola, mas é claro que você já sabe disso. Por outro lado, mesmo que algo assim fosse considerado, aceitar ajuda de um escravo para um trabalho profissional assim, seria mais absurdo ainda. Então a pergunta é, você me vê como tolo? Ou pretende me contar o que ocorreu?
-Eu sei que é algo absurdo, no entanto o trabalho já foi feito.
-O que? - A voz de Ogumir muda para um tom que Ensis não consegue definir.
-O escravo assassinou Rulter.
-Como assim? Rulter está morto?
-Após o combate, ele foi visitar o escravo em sua cela, e foi assassinado. Isso garante que a nossa honra seja mantida e a honra da casa dele seja manchada por ter sido assassinado por um mero escravo.
-E você está me dizendo que calculou exatamente isso, que Rulter o visitaria em sua cela, e o escravo teria destreza o suficiente para assassiná-lo?
-Eu sabia que se poupasse aquele escravo em especial, a cidade inteira começaria a falar sobre isso, o senhor sabe que especialmente Mestres de Casas iriam querer saber exatamente o que há de especial naquele homem. A casa que mais nos odeia naturalmente iria desejar ter essa informação primeiro.
-Mas e quanto a conseguir assassiná-lo? Você simplesmente julgou bom o suficiente para fazer o trabalho? Esse julgamento irresponsável e tão arriscado foi repentino assim? Algo não se encaixa aqui, eu sei que você está escondendo algo de mim.

De repente a porta se abre, chamando a atenção dos dois, que olham imediatamente e veem Arkenpo, o sobrinho de Ogumir entrar na sala e falar:

-E pode ter certeza que ela realmente esconde algo meu tio.
-Akenpo! Que audácia sua entrar assim.
-Peço perdão, mas tenho notícias urgentes, antes de falarmos de Ensis, devo dizer que Rulter...

Akenpo para de falar, ao ouvir um bizarro grito atrás dele, ao olhar, percebe que um dos guardas está de joelhos, sangue caem de seus olhos e uma baba branca escorre de sua boca, o homem cai no chão levando as mãos ao pescoço. O outro guarda tenta ajudá-lo, mas logo leva as mãos à própria cabeça e começa a gritar em desespero, fechando os olhos e se deitando no chão, as veias de seu corpo ficam completamente saltadas se destacando de forma bizarra, como se o homem estivesse prestes a explodir em sangue. Ogumir rapidamente dá uma série de ordens:

-Eles parecem envenenados! Estamos sofrendo um ataque! Avisem os homens para ficarem em posição, chamem um médico, descubram o...

Antes de terminar ao ouvir um som de algo caindo atrás dele, ao olhar, ele percebe que uma das criaturas aladas do teto desabou e caiu, logo depois começando a se levantar e olhando para o grupo à sua frente. Os sons das lâminas sendo desembainhadas pelos três ecoa pelo lugar imediatamente, todos eles se preparam para o que está por vir.

1 - Ensis deve sair para pedir ajuda e depois ir atrás de Acarium para descobrir imediatamente o que ele sabe antes que seja tarde demais.
2 - Ensis deve pedir ajuda e depois voltar para ajudar, talvez nesse meio tempo Ogumir morra ela tenha a desculpa de que voltou, sem levantar suspeitas de ter saído do lugar.
3 - Ensis deve ficar e lutar contra o alado junto de seu mestre, deixando clara sua lealdade.

Por favor apontem os vários erros bizarros que escrevi nessa bagaceira aqui porque eu não fui educado adequadamente, então não sei escrever Ò_Ò! E vocês tem até meia noite pra votar! *-*! Essa história se passa no mesmo universo do livro O céu não existe.

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